quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Desenrolo, queimação e explosão




A roda tava formada e o papo girando. Lembrei de algo que faltava e, por mero vício de linguagem, bicho, estou há um ano escrevendo um livro, mas ainda não decidi o tema. O tempo fazia pressão sobre minha cabeça e eu me sentia apagando (onde foi parar aquela bendita ideia?). Isso foi estranho, mas parecia que contar os planos pro seguinte da roda ajudaria o tempo a passar mais rápido, já que o charroso não voltava (solta o preso, guria! Como fala! Putz...). Sei que é bom dizer o que se pensa, mas acontece que não estávamos mais nas primeiras rodadas e, após algumas variedades de sementes, todo aquele senso utilitarista que move a comunicação nos escritórios do centro vai pras cucuias. E em quanto tempo tu acha que decide o tema da parada? O pior é que eu não sei... 
Ou melhor, não é bem que eu não saiba de fato, é que eu não me lembro agora o que respondi pro cara, porque foi justo naquela hora que pirei no reflexo alaranjado da brasa na matraca da guria e, nossa!, bateu uma sede... O cara pirou com a minha interjeição e, sabe-se lá por que, resolveu me perguntar se eu fora instruído pelo Malandro Velho a beber água com a cabeça virada pra baixo sempre que estivesse com soluço. Achei por bem ignorá-lo, erguendo a cabeça e projetando um teatral mas você fica BEM de doida, hein?! 
Ela calou e sorriu na mesma hora. O restante seria indelicado contar aqui (vai que você conhece a mina)...


*  *  *

Todos os destros estão reservados, mas tem um acento de canhôto livre - disse o garção.

4 comentários:

Unknown disse...

Primeirão! Tem mais?!

Sandro Rodrigues disse...

Em breve...

Silvia Marques disse...

Adorei!!!
"... mas vc fica bem de doida, hein"; hahhaha muito bom, vou usar no meu dia a dia essa expressão, posso?

Sandro Rodrigues disse...

Silvia, honey, não só pode como ser-me-á de grande agrado ouvir isso, rsrsrs...